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Conceitos e termos usados no Espiritismo

Encontre neste artigo explicações de termos comumente usados nas casas espíritas e em palestras espíritas e melhore seu entendimento acerca da doutrina Espírita.
Conceitos e termos usados no Espiritismo
Por Gilton Carlos 14/07/2024

Introdução
Pode acontecer ainda de que a doutrina espírita, embora muito mais conhecida a cada dia que passa, tenha curiosidades não respondidas por interessados. Em um dia típico de quem participa de atividades espiritas os termos abaixo são repetidos com frequência. Desta forma, apresentamos alguns comentários sucintos acerca de dez termos usados dentro do espiritismo. Esperamos oferecer algum esclarecimento de modo a facilitar o aprendizado e seu entendimento, alma amiga.
 
Termos usados no Espiritismo
Passe
Emmanuel (livro Segue-me) define o passe como uma transfusão de energias físio-psíquicas, dentro de uma operação de boa vontade. O termo passe é, sobretudo, popularizado por André Luiz em suas obras. Allan Kardec, para falar desta ação de caridade, utiliza a palavra magnetismo para o passe e magnetizador para o passista (aplicador do passe). Em A Gênese, explica que esta energia doada pode ter diferentes origens: i) energia do próprio passista, ii) energia doada pelos Espíritos diretamente sobre uma pessoa encarnada, procurando acalmar, induzir ao sono etc. e iii) energia (chamado pelo codificador de fluido) doada pelos Espíritos para o passista que serve de condutor para ser entregue a que recebe. É um caso misto entre os dois primeiros. Esta combinação promove a elevação da qualidade da energia doada, uma vez que o que falta no passista, pode ser compensada pela de um bom espírito. A aplicação acontece sob condições de recolhimento, prece, e confiança na recepção, normalmente com a imposição das mãos sobre a cabeça, sem tocar. O objetivo é transmitindo boas energias, o corpo possa se recompor, se reequilibrar, facultando um alívio para a reorganização da saúde física e espiritual.
 

Água fluidificada

Uma vez que o corpo material é habilitado para absorver as energias espirituais, a água, constituição da maior parte do corpo humano, também o é. Assim, esta terapêutica é usada no tratamento, se assim podemos chamar, em associação ao passe, a prece e aos bons hábitos na vida comum.
 

Alma e Espírito

A filosofia antiga teve grande preocupação na definição da alma, espírito, mente etc. buscando entender o ser humano. Ainda hoje, em uma pesquisa rápida, podemos concluir que estes conceitos não são pacificados, tendo cada pensador ou escola uma definição. Kardec, conhecedor desta dificuldade, propôs contorná-la para ressaltar o que de mais importante vinha das manifestações que estudava. O conceito de espírito é perguntado diretamente e está em O livro dos Espírito, questão 23: Espírito é o princípio inteligente do universo. E quando o Espírito está encarnado, isto é, animando um corpo físico recebe a designação de alma.
 

Codificador

Este termo é usado para identificar Allan Kardec, professor, cientista que conduziu as investigações, experimentações e todos os estudos quando as manifestações espirituais na França principalmente, no século 19, tomaram lugar. Esta palavra é usada no contexto de que as pesquisas tratavam, de algo totalmente novo, sem referência ou trabalhos paralelos desta magnitude. Assim, toda informação, hipótese, análise necessitou de formulações básicas, incluindo novas palavras, para serem estabelecidas. Em simples palavras, esta é a codificação que realizou, um sinônimo para compilador de toda ideia, informações, mensagens, instruções e revelações que tomou conhecimento durante seus estudos. Esta organização resultou no corpo de conhecimento estruturado como uma doutrina filosófica, científica e religiosa que conhecemos hoje.
 

Mesas girantes

Podemos entender as “mesas girantes” como um movimento espiritual (isto foi esclarecido posteriormente) que tinha o objetivo de chamar a atenção para a existência dos espíritos e do mundo espiritual. Quando ocorriam mesas, cadeiras, moveis em geral e até pessoas eram movidas pelo ar, subindo, descendo, girando, e manifestavam uma espécie de comunicação rudimentar quando lhe eram dirigidas perguntas, como batidas, inclinações para os lados etc. Mais tarde, este fenômeno, encarado como divertimento pela maioria foi esclarecido como sendo realizado por Espíritos. Este movimento não relacionado a qualquer privilégio ou circunstância foi bastante popular na França e uma vez que chamou a atenção de uma mente científica (Allan Kardec) paulatinamente foi deixando de ocorrer como fenômeno ostensivo.
 

Psicografia

A psicografia é o meio mais popular de os espíritos se comunicarem, deixando registrado suas mensagens. É um fenômeno mediúnico, que se caracteriza pela escrita. O espírito empresta os órgãos do corpo de uma pessoa, com aptidão para isso, o chamado médium, e passa então a escrever. Pode acontecer de três formas. Quando o médium tem consciência do que está sendo escrito é chamada consciente. No segundo caso, o médium fica totalmente alheio do conteúdo só tomando ciência do que escreveu após o ocorrido. Esta forma é chamada psicografia mecânica. E há um terceiro caso que é uma mistura dos dois, caracterizado por uma consciência parcial da escrita.
 

Mediunidade

A mediunidade é a capacidade de entrar em contato com o mundo espiritual. Isto pode se dar de inúmeras formas. O médium, isto é, a pessoa com esta faculdade, dependendo de como ela se manifesta, pode ouvir os Espíritos, vê-los, sentir a presença, captar indiretamente. Ainda poderá ceder seu corpo (órgãos) para uso pelo Espírito, ocasião em que se manifestará os tipos de psicofonia, quando o espírito fala pelo médium, psicografia, quando ele escreve etc. Esta faculdade, apresenta Kardec, é derivada de uma capacidade orgânica, isto é, está no corpo, e não depende de qualquer outra característica seja social, intelectual, financeira, de gênero, idade etc. Toda pessoa que por menor que seja a sensibilidade, consegue perceber os espíritos e o mundo espiritual é, portanto, médium.
 

Evangelização

É a educação espiritual com base no evangelho de Jesus e nos princípios espíritas. É dado às crianças, jovens adultos e têm o objetivo de fazê-los pensar e conhecer Jesus e conhecer-se a si mesmo. Evangelizar, no Espiritismo, é dar as ferramentas para que o ser possa desenvolver-se, entendendo-se como ser imortal e fortalecê-lo na prática do bem e amor a todos. Na evangelização são mostrados as bases espirituais dos ensinos de Jesus, o entendimento sobre Deus, família, sociedade, dever, bondade, perdão etc.
 

Palestra

Trata-se do meio mais simples de compartilhamento das ideias espíritas. Constitui, em sua simplicidade, a oportunidade de aquele que deseja servir, com o talento da palavra e da boa vontade, àqueles que carecem de entendimento e consolação. Tem o objetivo de esclarecer e consolar, infundindo esperanças para o futuro, principalmente aos que estão sofrendo, parte significativa daqueles que procuram um centro espírita. Não representa palco para vaidades, tão pouco ambiente de pregações apaixonadas, mas serviço em nome de Jesus, uma vez que o palestrante é uma pessoa comum, no sentido de estar sob a mesma, muitas vezes até mais difícil, situação que os expectadores.
 

Centro espírita

Também é comummente chamado Casa Espírita. Este termo cai bem para descrevê-lo, devido a sua característica principal: a simplicidade e a congregação de pessoas que se identificam espiritualmente como uma família. Um Centro Espírita é o local onde algumas ações de um grupo de espíritas convergem. As atividades desenvolvidas, como por exemplo, palestras, grupos de estudos, evangelização, ali são concentradas. Funciona como uma simples casa.
Diferentemente de outros templos religiosos, pois que um centro espírita também tem esta característica, quem visitá-lo pela primeira vez, não encontrará roupas especiais, ricas decorações, com pedras preciosas e ouro. Também vai se deparar com pessoas comuns que se propuseram a dividir o conhecimento maior que tenham adquirido ajudando a outros a encontrarem suas respostas e suas soluções, sem transferência de responsabilidade, mas entendendo seu papel e capacidades nas questões da própria vida. As cadeiras são as mais simples possíveis, provavelmente as plásticas, pois são as mais baratas. Em uma casa espírita comum, o número de pessoas também é modesto. Normalmente 20, 30, 40 pessoas, entre frequentadores e trabalhadores da casa. A proposta é ser um ponto de iluminação espiritual, de onde possam partir e receber emanações de Jesus para que os que necessitam de esclarecimento e consolação possam encontrá-lo. As casas espíritas fundamentam suas ações espirito-assistenciais nas obras de Allan Kardec, que por sua vez, apoiam-se no evangelho de Jesus. É assim que, os que chegam buscando ajuda, recebem entendimento, acolhimento, esperança e conforto em suas dores, como fazia Jesus!
 
Concluindo
Agradecemos a leitura, alma amiga, e pedimos que se você tiver algo para acrescentar ou uma correção a informar entre em contato com a gente por e-mail que ficarei feliz em responder e melhorar nosso conteúdo.

E-mail: contato@espiritismoeevangelho.com